domingo, 31 de maio de 2009


Ser feliz ou ter razão?

Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos. O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.Ele vira a direita e percebe que estava errado. Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde. Mas ele ainda quer saber: "Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais".

E ela diz: "Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite"

MORAL DA HISTÓRIA:

Essa pequena estória foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: "Quero ser feliz ou ter razão?" Pense nisso e seja feliz.

VirtudeTemos a tendência de nos deixar influenciar pela atmosfera e humor dos outros.

Se o ambiente é bom nos sentimos super bem.

Se a companhia é ruim, perdemos o brilho.

Mas pense numa rosa fragrante.

Será que ela deixa de ser fragrante a depender do local em que está?

Não, absolutamente. Uma rosa fragrante é sempre fragrante.

Esta é a natureza dela.

Da mesma forma, não importa onde nem com quem você esteja, nunca deixe de expressar sua virtude.

Virtude é a fragrância da alma.

Brahma Kumaris

Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior."

Dalai Lama

Canção para mulheres

Trecho de uma crônica de Lya Luft


Que o outro saiba quando estou com medo e me
tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá
embora batendo a porta, mas entenda que não o
amarei menos se precisar ficar um pouco quieta.

Que, se estou apenas cansada, o outro não pense logo que estou
nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda e ouse ficar
comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida, não
porque lá está a sua verdade, mas talvez por culpa ou acomodação.

Que, se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles,
o outro não desconfie logo de que é culpa dele,
ou que não o amo mais.

Que, se estou numa fase ruim, o outro seja meu cúmplice,
mas sem fazer alarde, nem dizendo: "olha que estou tendo
muita paciência com você".

Que, se me entusiasmo por alguma coisa, o outro não a
despreze nem me chame de ingênua, nem queira fechar
essa porta necessária que se abre para mim, por mais
tola que lhe pareça.

Que, se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça
e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda
e me admire.

Que o outro - filho, amigo, amante, marido -
não me considere sempre disponível, sempre necessariamente
compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser
nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que embora às
vezes me esforce, não sou nem devo ser a mulher-maravilha,
mas apenas uma pessoa vulnerável e forte, incapaz e gloriosa,
assustada e audaciosa ... uma mulher!


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência.
Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.

(Lao-Tsé)

domingo, 10 de maio de 2009

Nunca te amedrontes diante dos problemas que te apareçam...
Na maioria das circunstâncias, eles significam mudança e mudança pede adaptação à realidade para o bem de todos e mais acentuada felicidade para cada um, no nível em que cada um se coloque.
À frente de qualquer desafio, recordemos que todo problema é um convite da vida, em nome de Deus, para que venhamos a compreender mais amplamente, melhorar sempre e servir mais.

(Obra: Encontro Marcado - Chico Xavier/Emmanuel)
Pois é
O Brasil tem milhões de brasileiros que> gastam sua energia distribuindo> ressentimentos passivos.> >
Olham o escândalo na televisão e> exclamam 'que horror'.
> > Sabem do roubo do político> e falam 'que vergonha'.> Vêem a fila de aposentados> ao sol e comentam 'que absurdo'.
> > Assistem a uma quase pornografia> no programa dominical de televisão> e dizem 'que baixaria'.> Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto!> Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.> Do ressentimento passivo à participação ativa'.
> > Pois recentemente estive em Porto Alegre,> onde pude apreciar atitudes com as quais> não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.> Um regionalismo que simplesmente não> existe na São Paulo que, sendo de> todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul,> palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.
> > Abriram com o Hino Nacional.
> > Todos em pé, cantando.> Em seguida, o apresentador> anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.> > Fiquei curioso. Como seria o hino?
> > Começa a tocar e, para minha surpresa,> todo mundo cantando a letra!> 'Como a aurora precursora /> do farol da divindade, /> foi o vinte de setembro /> o precursor da liberdade.
> > Em seguida um casal, sentado do meu lado,> prepara um chimarrão.
> > Com garrafa de água quente e tudo.> > E oferece aos que estão em volta.> > Durante o evento, a cuia passa de> mão em mão, até para mim eles oferecem.> E eu fico pasmo. Todos colocando a boca> na bomba, mesmo pessoas que não se> conhecem. Aquilo cria um espírito de> comunidade ao qual eu, paulista,> não estou acostumado.
> > Desde que saí de Bauru,> nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.> Fiquei imaginando quem é que sabe cantar> o hino de São Paulo.
> > Aliás, você sabia que> São Paulo tem hino? Pois é...> Foi então que me deu um estalo.
> > Sabe como é que os 'ressentimentos passivos'> se transformarão em participação ativa?
> > De onde virá o grito de 'basta' contra> os escândalos, a corrupção e o deboche> que tomaram conta do Brasil?> De São Paulo é que não será.
> > Esse grito exige consciência coletiva,> algo que há muito não existe em São Paulo.> Os paulistas perderam a capacidade> de mobilização. Não têm mais interesse> por sair às ruas contra a corrupção.
> > São Paulo é um grande campo de refugiados,> sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.> Cada um por si e o todo que se dane.
> > E isso é até compreensível numa> cidade com 12 milhões de habitantes.
> > Penso que o grito - se vier - só poderá> partir das comunidades que ainda têm> essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre.> Algo me diz que mais uma vez os gaúchos> é que levantarão a bandeira. Que buscarão> em suas raízes a indignação que não se> encontra mais em São Paulo.
> > Que venham, pois. Com orgulho> me juntarei a eles.> De minha parte, eu> acrescentaria, ainda:
> > '...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'

> > > Arnaldo Jabor
As Profissões de Minha Mãe



Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso fundamental.

Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.

Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazíamos na escola, meu irmão e eu.

Em nossa casa, nunca faltou espaço para colocar os quadrinhos, os desenhos, os nossos ensaios de escultura em barro tosco.

Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.

Descobri que minha mãe era uma diplomata formada na melhor escola do mundo (nosso lar), todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meu irmão e eu.

Fosse a disputa pela bicicleta, pela bola, pelo último bocado de torta, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar os dois, era sempre a mais viável, correta, honesta e ponderada.

Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom quando eu precisava colocar no papel as idéias desencontradas de minha cabecinha infantil.

Ela me fazia dizer em voz alta as minhas idéias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento.

Descobri que minha mãe era enfermeira com menção honrosa toda vez que meu irmão e eu nos machucávamos.

Ela lavava os joelhos ralados, as feridas abertas no roçar do arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no asfalto.

Depois passava o produto anti-séptico e sabia exatamente quando devia usar somente um pequeno Band-aid, o curativo ou a faixa de gaze, o esparadrapo.

Descobri que minha mãe cursara a mais famosa faculdade de psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado.

E, depois, na adolescência, o namoro desatado, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola.

Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.

Era também pós-graduada em teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo dos alguns livros existentes no mundo.

O seu era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro a presença de Deus.

Que nos apontava a fúria do temporal e dizia: "Deus vela. Não se preocupem."

Que nos alertava a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.

Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava flores e vegetais com o mesmo amor. Quando colhia as verduras para as nossas refeições, dizia: "não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário."

Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los.

Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos seus cuidados: alimentando as suas criaturinhas.

Minha mãe, além de tudo, foi motorista particular, não se cansava de ir e vir várias vezes de casa para escola, para a biblioteca, para o dentista, para o médico, para o teatro e de volta para casa.

Também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá. E tudo isto em tempo integral.

Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na espiritualidade. E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de anjo guardião dos filhos que ficaram na bendita escola terrena.





Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 7 de maio de 2009


"O que pode haver de mais insensato do que se passar a vida inteira adquirindo meios de vida e esquecendo-se de viver?"
(Charles L. Wallis

"Aceite com sabedoria o fato de que o caminho está cheio de contradições. Há momentos de alegria e desespero, confiança e falta de fé, mas vale a pena seguir adiante."

Paulo Coelho

sábado, 2 de maio de 2009





"Viver é transformar o tempo
em experiência."

Liberdade não vem de correr atrás de 'deveres' impostos de fora, mas de construir a nossa existência"
Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.
Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do "ter de". Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.
Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?
Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?
Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de "deveres" impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.
Lya Luft

sexta-feira, 1 de maio de 2009




Da natureza de nossos pensamentos,
depende a fortaleza de nosso corpo,
o vigor de nossa inteligência, o êxito
de nossos negócios
.
R. W. Trine